"PANEN ET CIRCENSES "

No apogeu do império romano, argumentam-se que a plebe por ser ociosa e ter muito tempo livre, poderia rebelar-se contra o governo, a partir daí surge a política do "pão e circo" que aliava a distribuição  da ração  à população, aos espetáculos populares nas arenas, onde gladiadores se enfrentavam para delírio da escumalha.
Passados mais de dois mil anos, a perpetuação dessa forma de "massificar" a população adquiriu novas nuances, muitas delas agregadas à tecnologia e as novas mídias sociais.
Vivemos num país onde o "carnaval" é produto de exportação, o "futebol" é orgulho nacional, e o "bolsa família " é o "desejo de consumo" da  faixa populacional mais proeminente da sociedade.
Isso por sí só, poderia ser considerado o ápice da comicidade caso não fosse o deprimente retrato de uma época onde os valores se deterioram, e o jugo se faz de forma extemporânea  nas redes sociais.
Enquanto a econômica e o poder de compra da população se esvai pelo ralo,  os Direitos constitucionais são ignorados, e a qualidade  de vida decresce a olhos vistos, uma nova modalidade de "bufão" surge  nos grupos de watts App, com o costumeiro objetivo de entreter a massa e desvia-la do que realmente importa.
Às vésperas de um ano eleitoral, onde as "feridas abertas" dos municípios tendem a ser expostas, e os eleitores readquirem sua tênue importância e visibilidade, é previsível que "lideranças " virtuais apareçam para não obstante   tumultuar esse processo de  "protagonismo sulfragista" mas sobretudo erigir factóides que vez por outra beneficiem seu patronato.
Diante disso é aguardar o momento em que a consciência eleitoral seja mais forte que a "política do pão e circo".

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