QUANDO A VIDA PERDE O VALOR!

Sempre encarei a vida como um oceano de perspectivas a ser explorado, sem ancoradouros, sem portos seguros, sem faróis a nortear os rumos desse "barco" emprestado que nos reveste de personalidade e individualidade. Mas o "monstro" da depressão surge quando menos imaginamos, revelando uma fraqueza que não conhecíamos e nos apontando nosso maior defeito... A incapacidade de encarar fantasmas que só enxergamos "Nos outros".
Some -se a isso a vergonha, a incompreensão daqueles que nos  rodeiam, o descrédito de uma doença assintomática que em pouco tempo nos transforma em reféns de um medo absurdo e incompreensível.
A tristeza da solidão e a angústia por não ser compreendido são o combustível necessário para  detonar o estopim da obsessão e a partir daí a única solução para a "pacificação" da luta entre nossa mente e espírito é abandonar o universo caótico em que a vida se transformou!
Essa é a visão de alguém que silenciosamente pede socorro e fatalmente engrossa as estatísticas dos casos de suicídio em nosso país. Poucos são aqueles que possuem a sensibilidade e a iniciativa para intervir, buscar no amigo anônimo ou no conhecido "austero" uma oportunidade para se fazer de "ouvidos" e deixar que em sí depositem angústias silenciadas, frustações mudas e toda sorte de problemas que por mais ínfimos que nos possa parecer, se agigantam na mente e no espírito de um possível suicida.
Na verdade, quando a depressão se instala na rotina de nossa observância diária, percebemos que cada um possui suas prioridades, e não somos prioridades de ninguém... esse é o intrísico instante onde de fato a vida vai perdendo o seu valor!
Para que haja uma efetiva compreençâo desse mal que cresce de forma intangível em nosso meio, façamos menos postagens e passemos a perceber e ouvir o outro; que o "jugo" dê lugar à percepção!

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