UM MAR DE NOMES...


De fato, a proibição das coligações partidárias para os cargos proporcionais nas eleições do ano que vem, gerou um fenômeno curioso, que vale a pena pontuar.
Não obstante os partidos políticos necessitarem ter um "plantel" de nomes para conseguir fazer o coeficiente eleitoral, e assim garantir ao menos uma vaga  das 17 disponíveis na Câmara Municipal, e sendo assim, aumentar a busca por candidatas mulheres para cumprir a quota mínima de 30% como reza a lei, ainda nos surpreendemos com algo mais interessante...
Partidos desagregando-se de grupamentos políticos tradicionais e numa democrática rebeldia, verbalizando o desejo de lançar candidatura independente ao cargo majoritário.
Há aqueles mais céticos que  acreditam que tal ardil nada mais é que um pretexto para barganhar uma posição de coadjuvante nas chapas majoritárias à serem lançadas futuramente, mas "pretextos" à parte, vale pontuar que essa pode ser uma tendência e não um caso isolado, haja vista que até o momento três agremiações partidárias já deixaram transparecer o desejo efêmero de partir para uma candidatura independente, sem a "força" de um grupamento político a embasar tal atitude.
Independe de como se nomine esse processo, lagarto de certo irá demorar a se desapegar da tradição do voto em grupos e não em partidos políticos.
Observo muitos partidos alardeando suas iniciativas e denominado-as de "nova politica", mas como eleitor astuto e curioso, não posso deixar de perceber que a "forma" como está sendo feita é tão antiga quanto as nossas mais ricas tradições.
Se vale o dito "em terra de cego, quem tem um olho é rei", podemos esperar a massificação de discursos pré fabricados que vão na contramão das "práxis"que deveriam ser postas em prática.
Esperamos ao menos que nesse "futuro" mar de nomes à concorrer ao Paço Municipal, ao menos haja um que realmente seja aquele que represente o desejo do eleitorado lagartense.
"Alea Jacta Est"!

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