ENTREVISTA NININHO DA BOLO BOM


 (COTIDIANO LAGARTENSE) Sr. NININHO, Lagarto é uma cidade repleta de tradições, o "bairrismo" é uma delas. Sendo V.Sa. pré candidato a Prefeito  pelo Cidadania, não tem receios de seu nome sofrer algum tipo de rejeição  justamente por conta desse bairrismo do eleitor lagartense?

(NININHO BOLO BOM) Eu acredito que não! O bairrismo eu concordo com você, tem sua potencialidade mas isso é em toda cidade, eu acredito que toda cidade tem essa questão dos seus valores próprios, mas eu estou em Lagarto há vinte e três anos; eu vim para cá em 1996, já recebi o título de cidadão lagartense, o autor da propositura foi Adson do Leite, eu me sinto lagartense  desde quando eu vim pra cá; meu pai é lagartense, filho do povoado Boeiro, minha mãe é filha de Simão Dias, eu nasci em Aracaju mas minha infância eu vim muito pra cá porque N. Sra. Da Piedade é madrinha de meu pai, aí todo ano ele vem pra cá no período da festa da padroeira da cidade, então eu sempre vinha pra cá quando criança; quando terminei meu colegial em 1996 vim jovem ainda, pra trabalhar e assim, mesmo achando a população bairrista eu acredito que não é um empecilho, eu vejo um momento diferenciado em Lagarto.

(C.L.) O nome de NININHO  da Bolo Bom sempre esteve associado a um dos grupos políticos de Lagarto, o grupo Saramandaia; de repente V.Sa. opta por sair candidato pelo partido Cidadania do Senador Alessandro Vieira, o que veio a motivar essa sua decisão foi a falta de espaço  no outro grupo?

(N.B) Eu digo que votei nos Reis, votei em Zezé Rocha, votei em Lila quando perdeu e quando ganhou, mas nessa última eleição eu votei em Valmir, e meu vereador também foi do grupo de Valmir (Jailton da Mercearia) votei no grupo fechado; aí o que é que ocorre? Qual foi a minha opção em votar em Valmir? Foi simplesmente porque era a única opção que tinha porque Lila tinha feito uma gestão que o pessoal não tava muito satisfeito; a classe dos professores não estava satisfeita, a classe empresarial também não  estava satisfeita, aí  optei por votar em Valmir e infelizmente também não foi uma boa gestão porque dispensa comentários o que aconteceu na gestão de Valmir; mas quando vc fala "não houve espaço na gestão do saramandaia" eles são realmente um grupo muito fechado, eles são muito "eles" no sentido de que, vamos citar o sobrenome "reis", que é Reis nunca perde a majestade; eu acho muito pouco provável, como eles abriram esse viés pra o Lila, "Lila Fraga" e eles observaram que houve uma certa perda no sentido do eleitoral, no sentido de aceitação da população como um todo, seria muito pouco provável que eles colocassem alguém que não  "eles".

(C.L.) E o Senador?

(N.B.) Eu vejo o Senador Alessandro como um grande exemplo dessa  nova política, isso partindo do que temos e vivemos em Lagarto. Eu costumo dizer aos meus amigos "eu nunca vi grupamentos tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais" quando se parte pra gestão, porquê é sempre a mesma coisa, a gestão é voltada para um bem pessoal, um lado muito pessoal de colocar as famílias, a família como um todo faz parte do grupo e tudo voltado muito menos pra população e muito mais o lado pessoal; então aí eu vejo essa gestão que é o que a gente vem convivendo nessa dicotomia desses dois partidos durante essas décadas, quando vem esse momento diferenciado agora com o Senador, numa política nova, ele com com uma proposta nova; e ele sentando comigo fez questão de frisar "Cidadania terá candidatura majoritária, candidatura própria" depois ele me perguntou se estou preparado, aí digo que me sinto preparado pra gestão pois eu não tenho muita experiência na política.

(C.L.) Na atual conjuntura, comenta-se que provavelmente o próximo pleito teria no mínimo cinco candidatos disputando a Prefeitura de Lagarto, diante dessas previsões V.Sa acredita que sua pré  candidatura no movimento "nova politica" terá capilaridade suficiente pra conseguir conquistar o eleitorado a ponto de ter chanses reais de chegar a ganhar a prefeitura?

(N.B.) Eu acredito que sim, porquê veja só, se a gente fizer uma matemática bem simples, bem objetiva, Lagarto o colégio eleitoral hoje salvo engano são 76 à 78 mil eleitores, se você  puxar as abstenções vamos dizer que caia pra 70 mil eleitores, considerando, claro que você  nao pode menosprezar o que temos né? Os Reis tem seus fiéis, o grupo bole-bole também tem seus fiéis, se você levar em consideração isso aí, vamos supor que o saramandaia tenha 20 mil votos, que o bole-bole tenham 25 mil, dá 45 mil; se você  tem um colegiado de 70 mil tem voto sobrando aí à bessa. O objetivo do Cidadania é trabalhar aquele eleitor desapegado, existe uma paixão muito grande em Lagarto em relação aos grupos né? Cada um tem seus fiéis ali, eu não quero me arriscar em dizer o número de cada grupamento  separadamente, mas assim se você perceber matematicamente, acredito aí que temos uns 25 mil votos desapegados que nem está com o bole-bole nem com o saramandaia; eu sento com os colegas aqui, tem colega que diz que está aí há 12 anos sem querer votar porque são sempre os mesmos, então com isso já despertaria o interesse de me candidatar, mas esse momento oportuno agora, desse rompimento, é que eu vejo com mais sensibilidade de dizer "poxa", é uma excelente oportunidade, porquê se você tem rompimentos nesses partidos é a chanse do Cidadania chegar lá.

(C.L.) Sr. NININHO, é fato é notório que a maioria da população de lagarto concentra-se na zona rural, diante desse fato seta que seu nome  teria força suficiente para conquistar o eleitorado rural já que V.Sa é mais conhecido na zona urbana?

(N.B) Foi interessante a pergunta porque eu já estou caminhando na zona rural, E eu vou lhe dar um exemplo bem dramático lá no povoado Jenipapo; eu encontrei uma senhora e  ela estava com Fraga (Fraga da Brasília) e eu fiz uma pergunta a ela, "minha senhora me tire uma dúvida, em qual grupo a senhora vota?" E ela disse, eu voto no saramandaia até morrer! Aí eu perguntei "mas  porquê minha senhora?" Aí ela disse, porquê minha família é saramandaia e eu morto saramandaia. Aí eu disse, " me tire uma dúvida, seu filho comunga com esse pensamento?" Ela disse, não. "Seu neto comunga?" Ela disse, não; ele só vota em outro grupo.  Então, no povoado, no interior, o advento da internet, o advento das redes sociais chegou com muita força, com muita potência nessa região e essa  liberdade dessa nova geração, favorece nossa linha de pensamento. Capitalizar esses eleitores eu não vejo dificuldade alguma.

(C.L.) Sr. NININHO, sua pré candidatura representa esse movimento que nasceu denominando-se de "nova politica", contudo uma chapa  à majoritária sugere alianças, neste sentido o partido traria para compor, algum nome ligado à velha política tão criticado pelo movimento?

(N.B.) nós do cidadania deixamos para o mês de janeiro ou fevereiro pra poder fazer essa escolha com muito carinho. Estamos fazendo de uma  forma tão democrática a escolha do nome, a gente mandou fazer uma pesquisa pra saber que nome escolher, então isso ficou aberto. Até tá rolando a pesquisa, eu estou falando de meu nome mas a pesquisa tá rolando também.  E sobre o vice nós vamos fazer também de forma democrática, sentar com todo mundo, saber qual o melhor nome, que não tenha esses vícios da política, porque a gente prefere  uma pessoa nova também; um colega que não vou citar o nome, me disse "Nininho, o seu nome está muito bem aceito, seu nome está muito bem visto, só tenha cuidado na escolha do vice, porque pode ser muito determinante pra o resultado ", então assim, o cidadania não quer ficar amarrado ou atrelado com esses modelos da velha política, de fazer , "olha você vem pra cá que eu lhe dou isso e tá tudo fechadinho" não,  queremos fazer de uma forma diferenciada, com trabalho muito mais leve, mais sutil, sem esses apegos de que "vem que eu lhe dou isso aqui em troca".

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