VEREANÇA EM "XEQUE"
Diante de estarmos às vésperas de uma eleição municipal me permito uma reflexão; a alguns anos atrás lembro-me bem que Brasil afora (principalmente nas cidades interioranas) as câmaras municipais eram pejorativamente apelidadas de "escolinha do professor Raimundo " graças à quantidade de membros destas, que mal sabiam assinar o próprio nome, quão mais fazer a leitura de qualquer projeto (ou mesmo um simples comunicado escrito), contudo depois do entendimento do TSE acerca da inegibilidade dos candidatos analfabetos em tese se acreditou que nas câmaras municipais país afora, seriam eleitos candidatos com grau de escolaridade suficiente para compreender o papel do legislador e sua responsabilidade de representar quem lhe outorgou o mandato. Afinal para que um cidadão comum possa pleitear (através de concurso) seu ingresso no funcionalismo público precisa estar capacitado e qualificado para a função pretendida; mas quando o cargo em questão é eletivo (resultado da vontade popular exercida através do voto) essa co-relação deixa de existir.
Muito por isso, durante anos se ouviam críticas ferrenhas no tocante à atuação (ou a falta desta) dos representantes do povo nas casas legislativas destas cidades supracitadas anteriormente, independente do recorte geracional; passado o período de campanha onde promessas de mudança e renovação na maneira de atuar eram corriqueiras, percebíamos que pós diplomação dos eleitos não apenas a postura mudava, mas o discurso era outro... mais passivo... mais "cordato". De repente, quando as atenções estão todas voltadas para o pleito que se avizinha e na real possibilidade de uma ampla renovação resultado do "julgamento" popular, percebemos que enfim os representantes do povo no legislativo compreenderam de fato qual sua função enquanto segundo poder da República e começaram a atuar como "tal", fazendo jus ao que lhes garante a Constituição.
Isso por si só deveria ser digno de aplausos, haja vista que dessa forma o cidadão (eleitor ou não) poderia se sentir amparado e representado por aqueles que ocupam um assento nessas respeitosas casas afim de salvaguardar os interesses dos seus munícipes. Então me pergunto (depois de observar o que ultimamente têm se postado nas redes sociais independente de localização geográfica ) por que essa retomada do protagonismo do legislativo está dividindo as opiniões dos internautas? Hoje, graças ao avanço tecnológico, à lei da transparência e a popularização do acesso a internet, todo e qualquer cidadão tem acesso a atuação de seus parlamentares e diante dessa nova postura dos vereadores em exercer seu papel enquanto representantes do povo, seria de fato motivo de salvas pra qualquer eleitor.
Que os pré candidatos (novos ou tradicionais, jovens ou não tão moços) avaliem de antemão qual será o papel que exercerão (uma vez eleitos) numa futura legislatura, se o de protagonista ou o de coadjuvante.
O eleitor encorajado pelos movimentos de renovação na forma de se fazer política estão mais exigentes e observadores, isso decerto será visto pós eleição quando as temidas urnas forem escrutinadas.
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Márcia Gama
ResponderExcluirEssa é uma mulher forte e determinada. Eu tenho certeza absoluta que ela é o melhor para o povo Largatense.