A VOLUPTUOSA DANÇA DAS CADEIRAS...
Dizem que o ano só se inicia de fato depois das festas momescas, mas tratando-se de um ano de eleições municipais a realidade é completamente diferente; é perceptível as movimentações dos grupamentos políticos em nosso município cooptando lideranças e possíveis pré-candidatos.
As vezes (raras vezes) alguns comentários nas redes sociais podem servir de parâmetro para analisarmos situações que por vezes nos passam despercebidas (até por nela estarmos inseridos).
Essa semana observei um comentário que circulou nos grupos de Whatsapp direcionado aos nomes dos pré-candidatos que começavam a despontar nas redes, dizia "nada de novo, as mesmas caras de sempre"; independente da provocação tácita cujo objetivo era desqualificar o tradicionalismo que gira em torno da política local, me permito fazer uma reflexão a respeito.
Estamos acompanhando o crescimento em nossa cidade de um movimento que prega a renovação na forma de se fazer a politica partidária, desejo esse acredito que de muitos eleitores jovens que desacreditam no "que esta aí " e talvez por isso de uma forma geral todos os grupamentos direcionem seus "slogans" para esse vertente do "Novo", do "Diferente", da "Renovação", neste aspecto e analisando geográfica e socialmente nosso município, faz-se mister perceber a importancia das periferias e dos diversos segmentos da sociedade civil nesse processo de "conquista do voto".
O tradicionalismo neste jogo político só justifica a rejeição popular aos candidatos que em nada acrescentam a essa proposta de renovação e mais, a "Nova Politica" apregoada por muitos não se sustenta se de fato essa parcela significativa do eleitorado não se sentir representada a ponto de acreditar que possa existir de concreto uma alternativa para o que se apresenta sempre eleição após eleição.
Fazer diferente ao meu ver, é mesmo sob o peso dos acordos de coxia e bastidores, dar oportunidade para que esses novos atores sociais possam de fato ingressar na política e trazer para esse próximo pleito, um alcance que só pode ser mensurado com o desenvolver das campanhas. Até lá nos resta apenas observar os nomes que anoitecem "morrendo de amores" por determinado grupamento e amanhecem "fazendo juras de amor eterno" a outro grupo, numa típica "dança das cadeiras" que longe de oxigenar o processo só reafirma a maneira "medieval" de se fazer política em nosso país.
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