ENTREVISTA MANOELA DA LAGARTENSE


(COTIDIANO LAGARTENSE) O Blog cotidiano lagartense ao entrevistar os pré-candidatos à vereança da prioridade àqueles e àquelas que estão se aventurando na política pela primeira vez, neste sentido, quem é Manoela e o que a motivou a entrar na política?

(MANOELA DA LAGARTENSE) Manoela é uma mulher de 37 anos, católica,emotiva, determinada e mãe de Jhullia uma moça linda de 18 anos e Maria Clara que hoje mora no céu. (Meu anjo)
Sou filha de Manoel e Dorinha.
Meu pai é um homem simples, lá do povoado Olhos D’água.Trabalhador , guerreiro, filho de Benjamim e Izaura. Ficou órfão de  mãe aos 3 anos e foi criado por dona Flora.
Uma mulher religiosa e que ajudava o povo, e que  tenho o privilégio de ser afilhada.
Ainda sobre meu pai que começou a trabalhar desde pequeno, ajudando meu avô. Quando era moço foi embora para São Paulo em busca dos seus sonhos e quando retornou a Lagarto começou a trabalhar com transporte de passageiros. Com muito trabalho e suor, tempos depois comprou a empresa Trans. Lagartense e enveredou na vida pública onde foi vereador por quatro mandatos (16 anos). Junto ao grupo Saramandaia construiu uma história e seu legado como Manoel da Lagartense.
Minha mãe é uma mulher que além de simples é forte e tem uma história de vida e superação.
É filha de João Miúdo e Raimunda. Perdeu a mãe no parto e foi criada pelos tios Zefinha e Manezinho na Taperinha dos Gatos.
Aos 9 anos teve que ajudar meu avô a cuidar da minha avó acamada. Aos 16 anos casou-se e aos 17, com um parto de alto risco, devido à uma eclampsia, comemorou meu nascimento.
Ainda assim não desistiu e teve meus irmãos Daniela e Manoelton, esse nasceu com problema cardíaco e ainda menino passou por uma cirurgia. Vivemos boa parte da nossa infância em Olhos D’água de onde trago minhas melhores lembranças.
Acredito que minha força venha da minha mãe que é uma guerreira e o dom para cozinhar também, afinal a melhor comida do mundo é a dela. Tenho mais dois irmãos filho de meu pai Marcos e Silvia ambos mais velhos que eu. E nossa convivência sempre foi de fraternidade e união .
Meus pais são minhas inspirações diária. Me ensinaram a dividir, a ter respeito pelo próximo , a ser grata, honesta e a seguir o caminho da fé. O que sou devo a eles! Ainda na adolescência participei de grupos religiosos, fui líder de sala, trabalhei nas campanhas de meu pai , junto a meus irmãos administrei a nossa empresa, tive uma confeitaria ( Delícias da Manu) onde sou autoridade no que faço.
Trabalho na Procuradoria da Mulher na Assembleia Legislativa de Sergipe e nas horas vagas, me entrego a cozinha para fazer bolos e cozinhar.
Sempre estive envolvida na política, de forma indireta, através do meu pai que me faz crer que na política, ainda existem pessoas de bem.
Depois que perdi minha filha, despertou em mim a vontade que já existia: lutar por melhores dias para o povo e para minha cidade (Lagarto/Olhos D’Água e região).
E é baseada e fundamentada nessa luta que eu sou pré-candidata a vereadora por Lagarto.

(C.L.) Manoela, alguns movimentos em Lagarto pregam o que eles definem como "a nova política" e combatem de forma categórica o que chamam de "velha politica" e as "oligarquias".  Sendo a senhora, oriunda de uma família tradicional na política, qual a sua opinião a respeito desses movimentos?

(M.L.)“Política é a arte ou ciência de governar.” Infelizmente essa arte muita das vezes cai em mãos que sequer sabem o que significa governar. Isso serve para velhas ou novas políticas. Acredito que exista a política boa e a errada praticada por bons e maus gestores.
O que não podemos é generalizar e achar que é correto, e que principalmente, todos ingressam na política com o mesmo objetivo.
Sinceramente prefiro acreditar que existam políticos como o meu pai e q assim posso fazer a boa política. A que reflete em melhorias para a população. Prefiro acreditar que a corrupção não pode reinar pra sempre. Prefiro acreditar que a política não se pode resumir só a troca de favores indecentes.
Sem demagogia, muitos sabem o sentido de um cargo público e o respeito que a ele devem ter. Meu pai sempre me ensinou que bom é colocar a cabeça no travesseiro com a consciência tranquila.
Seja na nova ou na velha política, acredito que é possível lutar por dias melhores.
Tenho consciência das dificuldades que encontrarei, mas seja nova ou velha irei combater a política errada.
É isso!Acredito no poder da mulher pra mudar o que aí está.

(C.L.) Manoela a cada eleição percebemos o enfraquecimento do interesse da Mulher pela política partidária, prova disso, que apesar da obrigatoriedade de vagas nos partidos em contemplar 30% destas para candidatas mulheres, o número destas efetivamente eleitas numa média geral, não ultrapassa os 10%. Na sua opinião o que está faltando para às mulheres conseguirem conquistar a confiança do eleitorado feminino que é o maior do país (segundo dados do próprio TSE) ?     
           
(M.L.) Por mais que tenhamos evoluído, infelizmente existe uma cultura de que o homem assume o protagonismo e q a mulher é submissa, é a cultura machista.
Graças a Deus estamos mudando essa realidade através da luta por igualdade e considerando esses avanços as dificuldades enfrentadas por nós mulheres é inegável.
A falta de recursos, tanto financeiro quanto de tempo, o excesso de tarefas domésticas e a responsabilidade com os filhos, afasta, nós mulheres, da disputa eleitoral. Na maioria das vezes algumas mulheres se candidatam para atingir a necessidade dos 30% , acredito q se tivesse uma cota para que a mulher não só concorresse,  mas assumisse já seria um grande incentivo.
Esses problemas fazem com que a representatividade da mulher na política seja tão pequena. Muito se evoluiu, mas muito ainda é preciso para que a mulher entenda que ela pode e deve ocupar os espaços políticos.
Como é um problema cultural é preciso um trabalho, inclusive nas escolas. Não podemos desistir de empodeirar as mulheres e mostrar que o lugar da mulher é onde ela quiser. Capacidade pra isso nós temos!

(C.L.) Manoela, é perceptível que a eleição em lagarto vêm tomando formas de uma disputa maniqueísta e recentemente observando as postagens dos grupos de Whatsapp, percebe-se o recorte sócio-econômico sendo direcionado para descrever grupos políticos (Elite x Populacho) sendo a eleição pro legislativo muito mais delicada do que a majoritária, o que a senhora acha que poderia ser feito para popularizar as campanhas e se aproximar mais do eleitor comum?

(M.L.) Na verdade eu não diria eleitor comum, eu diria o menos informado. Para se popularizar uma campanha é preciso estar perto desse eleitor que só acredita vendo. Ele, pelo fato de não estar conectado com as chamadas redes sociais, aonde tudo se colocam, verdades e mentiras ( FAKE NEWS), prefere o “aperto de mão” o “tô aqui”. Cresci fazendo a campanha de meu pai, batendo de porta em porta. Vendo a real necessidade do povo. Concordo ser uma eleição delicada, o que faz com que a  presença ainda seja, talvez a forma mais eficiente para uma disputa baseada e trabalhada no maniqueísmo, ou seja nos opostos.
Mas deixo claro que sei perfeitamente que não é possível ignorar o oposto desse eleitor desinformado.

(C.L.) Manoela, segundo dados das últimas pesquisas feitas em Lagarto, um percentual significativo do eleitorado aponta total desinteresse pela política partidária da forma como ela está sendo feita, preferindo não indicar suas preferências de voto; como pré-candidata qual seria sua estratégia para conquistar a confiança dessa parcela da população?

(M.L.) Confiar não é tão fácil quanto parece. E esse percentual significativo provavelmente já entendeu que tem a política boa e a errada, e que Lagarto, infelizmente está contaminado pela política errada.
Sendo assim vem o julgamento generalizado e consequentemente o desinteresse pelo voto.
Estarei mostrando que, assim como meu pai ainda existem políticos preocupados com à população e não com seu próprio umbigo.
A informação é a melhor forma para a mudança. Trabalharei a importância do voto deles para que as coisas mudem. Somos culpados por parte desses erros, quando desistimos, e não votar é deixar que a política errada permaneça . É preciso persistência e acreditar que é possível sim e os Lagartenses merecem políticos compromissados com o povo .Bons exemplos existem e os meus toda a cidade conhece . Continuarei o legado de Manoel da Lagartense

(C.L.) Manoela, diante da atual conjuntura e sendo Lagarto uma cidade pólo com inúmeras carências e com diversos segmentos sociais atuantes e buscando seu protagonismo, quais seriam as pautas defendidas por você numa possível candidatura (caso ela se confirme em convenção)?

(M.L.) Infelizmente nossa Lagarto está carente em todos os aspectos. É bom lembrar que cabe ao vereador cobrar e mostrar soluções. Ele não pode realizar ações. Ele é a ponte, é a voz das pessoas buscando melhorias.  Buscarei igualdade para homens e mulheres, crianças, jovens, idosos , pessoas com deficiência e pela zona urbana e rural também .
Diante disso, é preciso um olhar atento para diversos segmentos. O fato de perder uma filha e trabalhar na Procuradoria da Mulher me fez conhecer as problemáticas que a mulher enfrenta, por isso tenho um certo carinho por essas causas. Diante disso, é preciso um olhar atento para diversos segmentos. E eu farei valer essa atenção!

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