ISOLAMENTO SOCIAL, PALPERIZAÇÃO, ASSEPSIA E FALTA D'ÁGUA...
Que a pandemia da COVID19 está entre nós é fato; contudo também é fato que para uma parcela importante da nossa população ela está muito "distante" da realidade e como tal preocupa.
Decerto que as pessoas com uma mínima condição sócio-econômica conseguem (mesmo não acreditando na expansão perigosa da pandemia) se manter afastada do perigo da contaminação, seja pelo "isolamento social", seja se utilizando de métodos de ascepcia, incluindo aí além da lavagem das mãos de forma ostensiva o uso contínuo do álcool gel.
Mas quando buscamos observar a nossa realidade, me permito fazer uma reflexão:
Lagarto tem mais de uma centena de povoados na zona rural, onde a rotina de vida e de trabalho na maioria das vezes não permite um completo "isolamento social", haja vista que pra o trabalhador rural, se este não vai pra "lida" não faz a feira no início da semana.
Como incutir nessa população a necessidade de uma rigorosa Assepsia se na maioria das localidades a falta d'água é uma rotina?
Com os preços abusivos (sem falar na falta do produto) do álcool gel, como explicar a esse povo que estes precisam adquirir um produto que não faz parte de sua lista de compras, se levar pra casa a "mistura" é mais importante?
A quantidade de famílias em nossa cidade em situação de pobreza é extremamente significativa, sem falar que o número de pessoas nestas localidades com pouquíssima escolaridade é muito alto, sendo difícil um trabalho real de conscientização sobre algo (pandemia) que estes nunca ouviram falar.
Podemos na prática exigir que as raspadeiras de mandioca não se aglomerem na casa de farinha de onde tiram o sustento? Usarão estas o álcool gel nesta sua rotina de trabalho, ou irão interromper um serviço onde recebem por "produção" para lavar as mãos a cada cinco minutos?
Podemos proibir uma feira regional que nas segundas, é o único vertedouro daqueles que produzem e consomem oriundos da zona rural?
Fica a reflexão!
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