O LIMITE DA CORAGEM É MEDIDO PELA RÉGUA DA FORMAÇÃO ACADÊMICA (OU A FALTA DELA).


A incerteza ocasionada pela Pandemia da COVID19 mexe  com as nossas perspectivas mais próximas e claro, interfere diretamente com o calendário das possíveis eleições municipais Brasil afora.
Certo é que o GT (Grupo de Trabalho) criado pelo STF ainda não chegou a uma definição sobre a possibilidade de mudança no calendário eleitoral deste ano e isso afeta diretamente  as eleições municipais (com ênfase especial no legislativo).
Claro que quando falamos em "legislativo" a incerteza ainda é maior, haja vista o desgaste desses personagens diante do eleitorado. É comum ouvir em rodas de conversa ou em redes sociais o eleitor se manifestando em votar nulo ou em branco quando o assunto em questão é escolher um candidato para ocupar o cargo de vereança.
Neste aspecto há de se fazer uma reflexão principalmente no tocante ao cargo pleiteado; é mais que notório que o papel da vereança é legislar (elaborar leis) e fiscalizar (o executivo e até mesmo a própria casa legislativa), mas como fazer isso se na grande maioria dos municípios brasileiros (leia-se interioranos) os entes eleitos mal ostentam o nível fundamental?
O sonho acalentado por muitos eleitores (principalmente os mais jovens que prezam a "meritocracia" atrelada à uma educação de qualidade e formação acadêmica) de possuir uma Câmara Municipal com capacidade técnica e operacional (por parte dos edis) ficará acredito por um longo tempo no rol dos "desejos utópicos " haja vista que o assistencialismo (leia-se toma lá, dá cá) ainda é o fator preponderante para se chegar ao patamar de eleitos pleito após pleito.
O sonho de ter uma legislatura qualificada e cônscia do regimento que a regula ainda será algo para um futuro distante...
Neste aspecto o bom senso manda não esperar uma atitude de vanguarda, de coragem dos representantes  que se elegem sob essa égide. Ainda veremos a herança dos tempos do analfabetismo funcional, onde autoridades constituídas preferem não enchegar, não ouvir e principalmente não falar.
Essa é a realidade do interior de nosso Brasil continental.

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