A INCONSISTENTE MATEMÁTICA DAS PESQUISAS E A VONTADE POPULAR

É certo que em ano eleitoral as pesquisas de opinião (leia-se: intenção de voto) dão um norte para os candidatos à cargo eletivo e para suas respectivas equipes de marketing, que estrategicamente se utilizam da divulgação dos resultados destas, como forma de alavancar e/ou sepultar a imagem de seu contratante e/ou opositores.
Existem aquelas de "consumo interno"  que podem inclusive refletir com mais clareza o posicionamento do eleitorado, mas óbvio, estas não chegam ao conhecimento do grande público.
Numa eleição municipal (como a de 2020) tão importante quanto publicizar os números relativos aos "majoritários" na disputa é também o fazer em nível proporcional, afinal de contas são duas eleições independentes e correlatas.
Manipular a vontade do eleitor através de informações inconsistentes ou desencontradas de fato é a "via de regra" de quem trabalha na linha de frente do marketing dos candidatos a cargo eletivo, mas que vez por outra esbarra na realidade sem rodeios da vontade popular, que só pode ser acessada com a abertura das urnas pós pleito eleitoral.
Taí o porquê de muitos abertamente, verbalizarem que não acreditam nas referidas "pesquisas eleitorais", já que a honestidade dos números por vezes vêm maquiada (ou manipulada) pela necessidade pungente de demonstrar ao grande público apenas àquilo que convém ao "contratante".
A democracia permite que incongruências desta natureza fugirem no rol da "normalidade"  sendo legalmente aceitas mesmo que moralmente falhas.
Que os pseudo-institutos de pesquisas continuem a reverberar dados, números e posicionamentos embasados apenas nas prerrogativas estipuladas nos respectivos "contratos", mas que isso não seja o parâmetro real para "estatisticamente" esquadrinhar a hipotética vontade do eleitor.
Graças ao advento desta pandemia global do novo Corona Vírus, estamos diante de uma eleição atípica e completamente antagônica à suas antecessoras, neste aspecto, até o resultado das urnas pode vir a surpreender os  estatísticos mais graduados.

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