DO FORRÓ "SACO DE ESTOPA" À "FILOMENA BAGACEIRA", O SUPRASSUMO DA QUARENTENA.

 

Num período onde a inércia e a inatividade são sinônimos de "isolamento social", me permiti buscar no vasto universo musical regional, algo que fosse mais construtivo e instrutivo do que os atuais "proibidões" que na minha época seriam sinônimo de obscenidade, mas em tempos confusos, são considerados (pasmem) música!

Pra minha grata surpresa, pude degustar (amante do forró tradicional que sou) de duas pérolas, separadas por toda uma geração, que brindaram aos meus ouvidos (que moucos não o são) o mais puro e cristalino ritmo oriundo de nossa orgulhosa "nordestinidade".

"Reino Unido de Portugal" nosso representante no saudoso "Canta Nordeste" me fez vislumbrar uma herança "alceuvalesquense" de pura irreverência, elegância e se utilizando de uma linguagem popular, aliada a uma melodia contagiante, que em nada deve a expoentes musicais no quilate do movimento "manguebeat" que de Recife para o mundo, deu a merecida notoriedade a seu maior expoente; o poeta "Chico César".

Pude mergulhar no autêntico forró através do YouTube, sendo apresentado à uma preciosidade genuinamente lagartense, que me deixou cônscio do papel que nosso município exerce na cultura sergipana.

E num desses repentes, que só o acaso explica, me surpreendi com uma outra banda que me trouxe na memória afetiva, um pouco do "fala mansa" ( no seu estilo "xotado") com um muito do "trio nordestino" ( na sua pegada melódica).

Filomena Bagaceira me levou ao interior do interior do nordeste, deixando de lado um "pseudo-forró" que insiste em não se formar e sair (finalmente) da alcunha de "universitário".

"Por Você" e "Chorou na Despedida" me levaram ao desfrute de (arrebatando minha filha adolescente) dançar forró como há muito tinha feito.

Ao menos essa clausura imposta pela Pandemia do novo Corona Vírus, está despertando em alguns que como eu são inquietos por natureza, a curiosidade e a necessidade de buscar na grande rede, música de qualidade e que realmente nos leve a (saindo do senso comum) dançar e se divertir como manda o figurino.

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