O Feminino Gramatical é o Masculino de Fato


 Quando o assunto é política e o foco ainda permeia os resultados oficias da eleição, podemos perceber uma realidade séria e preocupante, que me faz questionar, qual o verdadeiro papel da mulher na política (incluindo aí a local)?

Percebe-se que em nível de Brasil a participação feminina nas câmaras municipais realmente aumentou consideravelmente, contudo fica muito aquém do esperado, se levarmos em conta a obrigatoriedade de 30% de mulheres para compor as chapas proporcionais.

No Estado de Sergipe, observando os resultados para as casas legislativas, na grande maioria das cidades mulheres foram eleitas (numa média geral de 02 por município), mas se observarmos a capital como exemplo, menos de 15% das vagas ficou para candidatas eleitas.

Outro ponto a se perceber, em inúmeras cidades candidaturas não obtiveram sequer uma dezena de votos, e na sua maioria eram mulheres.

Lagarto por exemplo,  02 mulheres tiveram 0 voto; 03 mulheres apenas 1 voto (acredito que o seu) e mais de 13 mulheres não passaram de 15 votos.

Longe de fazer qualquer alusão às candidaturas "laranja" percebe-se que mesmo com um eleitorado feminino que supera os 50% (em nível de Brasil, o que não difere da nossa média local) não existe qualquer interesse da "estrutura" política em eleger representantes femininas para as casas legislativas.

Se em 2016 apenas duas foram eleitas, em 2020 caiu pela metade... Provavelmente em 2024 esse número possa zerar ou se por algum milagre nossa cidade acompanhar a tendência nacional, termos metade das cadeiras ocupadas por "elas'.

Particularmente acredito na primeira hipótese, talvez por isso, me perturba saber qual o verdadeiro "papel" da mulher em "nossa" política.

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