Em Lagarto "Solidariedade" se escreve com seis letras!


 Normalmente no início de Dezembro, pululam nas redes sociais, postagens "natalinas" que (pasmem) demonstram um pseudo-espirito de solidariedade que por alto, consegue apenas massagear o ego daqueles que olhando no espelho pra seu próprio reflexo, dizem: "estou fazendo a minha parte".

Claro que quando estamos falando de vidas (e não apenas de redes sociais) precisamos ter a cautela de olhar para as comunidades carentes e as pessoas menos favorecidas e lhes dar um minino de dignidade.

Lembrei-me essa semana da última vez que visitei a "princesa do agreste" no início de 2006, visitando uma amiga e irmã da qual muito me orgulho (professora Neide Reis) e chegando na cidade, frente ao estádio municipal (onde na época paravam os táxis lotação ) deparei-me com uma cena digna de nota.

Sentei-me próximo a uma vendedora de milho (cozido) e nesse instante chegou um cidadão pedindo uma "ajuda", a senhora corpulenta e afetiva disse-lhe: "pegue esse meu saco de lixo aqui e despeje naquele latão (que fica a uns 20 mts de distância) pois tô sozinha aqui, e venha que lhe dou o que vc pediu"; claro que o dito não aceitou a proposta e saiu desfiando um Rosario de impropérios, mas bati palmas pra atitude da comerciante.

Tem pessoas que acreditam que "dar o peixe" satisfaz (apenas sua necessidade momentânea de mostrar nas redes sociais que está fazendo algo), mas sou daqueles que acham que dar a vara, o anzol e ensinar a pescar, é algo mais produtivo.

Solidariedade é se colocar no lugar do outro ... É o

compromisso pelo qual as pessoas se obrigam umas às outras e cada uma delas a todas.

"Esmola" é algo criado na idade média pela igreja absolutista, que só serve aparentemente (e ponha aparência nisso) para livrar aquele que a dispensa, da sua falta de comprometimento para com o outro.

Ademais no texto cristão está grifado: "faça coma direita para que a esquerda não veja"... Aqui não! Aqui as pessoas quando se dignam a fazer algo, necessitam mostrar para as redes sociais e sua grande platéia tal ação, sem importar com a dignidade daquele que está na outra ponta.

A população mais carente e menos favorecidas, precisa de Trabalho, de "perspectivas" e não apenas do papel de "ator/atriz" nas pantomimas que já estamos acostumados a valorizar.

Quiçá um dia nossa cidade possa evoluir política e socialmente e assim quem saiba, sejamos mais solidários e menos "marketeiros".

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