Os donos da rua!


 Fui testemunha ocular de uma cena inusitada nessa manhã de sábado, 23 de janeiro, na praça do tanque grande, em frente ao mercado municipal José Correia Sobrinho, que me fez questionar até onde realmente as vias de nosso município são ou não públicas.

Me surpreendeu a ação quase voluptuosa dos assim chamados franelinhas numa abordagem pra lá de errônea.

Um determinado cidadão vendo uma vaga livre bem em frente ao mercado, estacionou seu veículo e antes mesmo de sair do carro foi abordado por três desses "nomeados franelinhas" que de antemão deixaram claro que a vaga ali era paga; me aproximando ainda ouvi quando o motorista ainda questionou: "a via não é pública? Eu posso estacionar aqui. (Afirmou)", óbvio que não vou relatar os impropérios e ameaças veladas (ou porquê não dizer diretas) feita pelos indivíduos, inclusive deixando claro que não poderiam "garantir" a segurança do veículo.

Continuei minha caminhada em direção à praça Silvio Romero refletindo sobre o absurdo que presenciara à poucos instantes e comecei a questionar a que ponto chegamos...

É sabido e notório que em locais que orlam o centro da cidade, a exemplo da praça N. Sra da Piedade, esses pseudo-cidadaos constrangem os donos de veículo automotor, como se realmente fossem proprietários das poucas vagas de estacionamento em nosso município.

Coisa, é que se levarmos em consideração que o protagonista dessa história (note-se a placa do veículo era de Simão Dias.... Pra aumentar minha vergonha) era do sexo masculino, imagine as condutoras do sexo feminino que são obrigadas a contribuir para algo ilegal, com medo de represálias... Afinal, ninguém quer ter seu carro arranhado, violado, vandalizado por não aceitar a chantagem desses entes que decerto não possuem propriedade de algo que sabemos ser público.

Conclamo as 17 vereanças que têm (constitucionalmente) o poder de não apenas fiscalizar, mas de acionar o Ministério Público afim de salvaguardar a liberdade do cidadão de estacionar nas vagas públicas disponíveis.

Se for necessário o município criar uma "zona azul" e cadastrar as pessoas que vão poder operar nessas áreas, tudo bem... Mas continuar com essa situação vexatória e constrangedora até mesmo pra quem vem de fora, só demonstra que como já dizia um ex-prefeito... Lagarto é outro País!

Eu enquanto imprensa não posso aceitar isso...

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