Cada Macaco no Seu Galho! Mas lembrando: A Fome DÓI.
Vou iniciar esse artigo parafraseando o Exm° Vereador Matheus Correia, quando na sessão de hoje, fez questão de lembrar que "é prerrogativa do Vereador, legislar"...
Isso é um fato! Incontestável e absolutamente real.
Estamos falando do projeto de lei n° 28/2021 que AUTORIZA o poder executivo a instituir o auxílio emergencial municipal visando beneficiar uma significativa parcela de nossa população (aqueles que em novembro último votaram pra eleger quem hoje ocupa as cadeiras no Legislativo) que com o agravamento da Pandemia da Covid-19, passam por necessidades em nossa cidade.
A pedido do Presidente Amilton Fontes, foi posto em votação o requerimento 74/2021 solicitando deliberação em regime de urgência a votação de dois projetos específicos, dentre eles o referido acima...
Não obstante me surpreendeu vindo do Vereador Gilberto da Farinha um pedido de "vistas" do referido requerimento posto em votação...
Acredito que quem o asessorou em pedir vistas num determinado momento, não o "ensinou" que não cabia tal pedido para o requerimento de urgência (caso este solucionado pelo ilustre Presidente).
Tal qual num jogo de dominó em fila... outros quatro edís acompanharam o voto contrário ao requerimento de urgência os Vereadores: Sandor do Boeiro, Gordinho da Laranja, Rubinho do Tanque e Dwaith do Assentamento... Surreal... Mas vamos à frente.
No momento da votação do projeto em epígrafe, novamente o Vereador Gilberto fez uso de sua fala pra pedir "vistas" sendo corrigido pelo Presidente, que de posse do regimento interno bem lembrou que não cabia tal pedido em projeto votado em regime de urgência ( coisa que poderia ser evitada se o edil tivesse lido o regimento...).
Ventriloquismo à parte...
Venceu o bom senso!
Mas nesse momento faço questão de direcionar minha retórica aos excelentíssimos senhores vereadores de "situação" para lembrar que (independente de os mesmos votarem contra o projeto e verbalizarem que não são contra o projeto... Ou seja "hilário" pois a emenda fica pior que o Soneto) em nossa cidade e mais especificamente nas localidades que estes representam, existe sim pessoas passando fome.
Aos senhores que ganham muita bem ( sem precisar quantificar o valor) para trabalhar 02 dias por semana, três horas por cada dia, precisam utilizar de bom senso, e sensibilidade pra enxergar aqueles que como eu, olham pro lado e não encontram em suas residências alimento pra aplacar a necessidade fisiológica de nutrir o corpo.
Eu sei o que é passar fome, senhores vereadores, isso está cotidianamente impresso em minha realidade... Mas eu sou só... Não tenho ao meu lado filho chorando, e tendo que dormir sem ter o que comer...
Leiam, se instruam, para que nas suas falas e ações no legislativo, possam ter a independência que o cargo exige, e não apenas serem repetidores de algo que já mostraram, desconhecem... A realidade por que passa nossos municipes.
Mesmo com a tosca "emenda" da fala de vossas excelências após se posicionarem contra a emergência de um auxílio contra a fome, demonstraram não apenas o completo desconhecimento do regimento da casa que ocupam... Demonstraram um completo desprezo pelas pessoas que como eu, hoje dependem da boa vontade de estranhos pra sobreviver...
Me causou uma profunda decepção e uma surpreendente estranheza o comportamento dos vencidos no voto, que foram eleitos e hoje representam essa mesma população ao qual ignoraram.
Mas, demagogia à parte, preciso parabenizar o Presidente Amilton, que não obstante depois da fala do Vereador Rubinho do Tanque, que solicitou que se criasse um projeto onde os edís reduzissem seu salário pela metade afim de utilizar para aquisição de cestas básicas... Pediu pra que o edil se dirigisse à secretaria da instituição e ele mesmo se o quisesse, fizesse um requerimento abrindo mão da metade de seus vencimentos e se dispusesse a devolver o valor aos cofres do legislativo.
Essa decerto foi a melhor parte da sessão... Calou-se o "bem intencionado" edil.
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