Adeus à elegancia!
Hoje pela manhã, ao sentar na lanchonete onde cotidianamente tomo meu cafezinho, na ladeira do rosário, soube de súbito pelo amigo (que faz o melhor pão de queijo de Lagarto) Elias Vasconcellos, do passamento de Sidney... naquele instante fiquei sem palavras e assim permaneci até a pouco.
Apesar do susto da notícia em si (pois confesso, não visualizo as redes sociais antes das 9hs da manhã) passou um filme na cabeça, a lembrança do dia em que nos conhecemos na praça que hoje é denominada de Silvio Romero, mas que naquela época (em 2001) era arborizada e com algumas lanchonetes; ou nas poucas discussões que tivemos sobre temas relativos aos Direitos Humanos e ao comprometimento que na minha opinião, deveríamos ter... mas, mesmo com a parca convivência que tivemos ao longo desses 20 anos, nunca deixei de admirar o jeito parcimonioso e elegante de Sidney no trato com as pessoas.
Claro que com seus amigos mais chegados, ele podia exercitar seu senso de humor e sarcasmo únicos, que o tornavam uma pessoa singular.
Pondo de lado o profissional (caxias) prefiro pontuar o ser humano generoso, (mesmo sem muita paciência com o medíocre) que na sua vida pessoal, soube cultivar a discrição em paralelo com a lealdade. Taí, duas qualidades em que ele era ímpar: discreto e leal.
Passado o susto da notícia, quero levar em minha memória uma conversa que tivemos em 2006, quando o agradeci por ter fomentado em mim a necessidade de criar a ALGA, ong que na época, foi pioneira no interior do estado na defesa da população LGBT.
Como bem falou o Conselheiro Tutelar Gerson no seu Instagram pessoal, "o que tem pra hoje é apenas saudade"
Vá em paz meu amigo, como vc foi em vida, Hilário, divertido, inteligente, sensível e leal. Que nossos irmãos de luz o recebam de braços abertos.
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