Drogas, Sexo e Furtos A realidade do Mercado Municipal às segundas.

 A realidade é triste, mas inconteste.

Frequentador assíduo do Mercado Municipal José Correia Sobrinho, acompanho toda segunda-feira um movimento que só não passa ao largo dos transeuntes do dito mercado, porquê volta e meia, interfere diretamente na vida dos comerciantes locais.

A praça de alimentação (onde faço questão de degustar o melhor mocotó da cidade, no restaurante Tempero Nordestino) no dia da maior feira de Lagarto, vira palco de prostituição, uso e tráfico de drogas e quando o movimento diminui, furtos que aconteciam normalmente entre os usuários do banheiro (da parte superior) mas que desde a semana passada, acometem também os comerciantes.

Um restaurante na segunda-feira passada teve sua porta arrombada e pertences furtados ainda com o mercado aberto; engraçado foi saber que ninguém viu ou ouviu qualquer coisa.

E olhe que a administração do mercado faz um trabalho impecável no tocante à segurança e limpeza do espaço, contudo na famigerada segunda, falta efetivo para poder atender aos dois pisos do prédio... sem falar que para aqueles que nada têm à perder, fica difícil para os vigias locais coibir tanta barbaridade.

Mas o motivo tem uma explicação plausível... na área aberta da parte superior do mercado, toda segunda, um determinado bar disponibiliza som ao vivo, abrindo espaço para toda sorte de clientes; sexo explícito nos banheiros é algo tão corriqueiro quanto a venda e o uso de entorpecentes (leia-se Crack), isso numa total falta de respeito com os frequentadores do local.

Mesmo o mercado fechando em seu horário determinado, a farra continua, pois a chave do portão da rampa que da acesso ao local, é disponibilizada aos poucos comerciantes que trabalham lá... um erro! A chave do portão de acesso deveria estar apenas e tão somente nas mãos dos vigilantes... ledo engano.

Mas o randevu só burla o que deveria ser uma norma, porquê a dona do referido estabelecimento "multifuncional" tem seu cônjuge trabalhando na Prefeitura Municipal. 

Não podemos fechar os olhos para uma realidade que de qualquer forma, macula a imagem de um mercado que longe de atrair famílias, nas segundas-feira, só aglutina o que de pior tem em nossa cidade.

Que a Agência Reguladora de Lagarto possa (juntamente com as forças de segurança) coibir esse tipo de ações, que fazem com quê mais e mais a população se afaste daquele espaço. 

Se quisermos realmente revitalizar o Mercado, precisamos de uma força tarefa que haja de forma efetiva, para garantir a segurança dos frequentadores e comerciantes.

Eu mesmo, enquanto frequentadora, cidadã e profissional de imprensa, me furto a lá permanecer na segunda-feira... continuarei nos outros dias de feira (onde o tal bar não funciona) para preservar minha integridade física e psicológica. 

Contudo, quem possui comércio no local não possui essa alternativa. 

Que as autoridades constituídas deem um jeito antes que algo de mais grave ocorra.

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