"Lagarto fica em Narnia"

 Assistindo atentamente vídeo que circula nas redes sociais e que também está disponível no YouTube, do programa da Fan FM apresentado pelo Jornalista Narcizo Machado, não nego que só me deu vontade de fazer de conta que não tinha visto ou ouvido nada daquilo. 

Com muita contundência em suas palavras, o Jornalista Narcizo (que está de parabéns por levantar essa reflexão) comparou o número de cargos em comissão e de contratados das duas maiores prefeituras do Estado com a do nosso município, expondo algo que todos nós sabemos, mas que fazemos questão absoluta de não enxergar, ou questionar.

Em sua narrativa o ilustre comunicador foi cirúrgico em afirmar que em nosso município não há qualquer tipo de fiscalização neste sentido, inclusive sugerindo que em Lagarto fosse aberta uma filial do "SEPUMA" ... e só aqui entre nós, tirando a reivindicação pelo piso salarial, não vejo o sindicato dos Servidores Públicos Municipal requerer informações acerca da folha funcional, tampouco acionar o MP que como todos sabem, precisa ser provocado.

Não obstante em sua fala, o Jornalista/Radialista questiona os órgãos fiscalizadores em nossa cidade (leia-se Câmara Municipal entre outros) e de forma metafórica, sugere que "Lagarto não é em Sergipe... Lagarto não é no Brasil... Lagarto é em Narnia".

Claro que vivo estivesse, o autor da Obra citada, C.S. Lewis, decerto negaria, pois nem naquele país de faz de conta, Lagarto se enquadra.

Segundo ainda o excelso Jornalista, em nossa cidade "o número de funcionários aprovados em concurso público é infinitamente menor que os cargos comissionados e contratados " e uma afirmação dessa, feita num programa cuja credibilidade o faz ser um dos mais ouvidos no Estado, só demonstra que estamos sim, órfãos de órgãos ou autoridades constituídas que possuam a "coragem de fiscalizar".

Finalizando minha reflexão sobre o tema, vou evitar questionar aos Vereadores de nossa cidade o porquê de na casa legislativa não se promover um debate sério sobre o tema, haja vista que sendo as terras papajaca fora de qualquer limite geográfico, com certeza teríamos as mesmas desculpas rasas que só conseguem convencer aqueles que tal qual os "três macaquinhos" nada veem, nada ouvem, nada falam...

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