A Eminência Parda!

 Segundo os quase extintos dicionários (depois do Google pouca gente sabe o que significa), Eminência Parda designa «aquele que julga influenciar governantes e chefes sem ter posição de mando; o que manobra atrás da cortina.»

Longe de descrever essa qualidade ou qualificação de forma pejorativa, precisamos (nós sergipanos) nos render à pessoa que mais se sobressaiu nessas eleições, o ex-deputado André Moura, que demonstrando uma maestria digna de poucos no tocante à política, foi a personalidade que mais se sobressaiu nesse pleito.

Seu partido (União Brasil) elegeu a primeira mulher Deputada Federal (eleita democraticamente, haja vista que Sergipe já teve uma outrora, que sendo suplente, assumiu no lugar do titular) derrubando a pretensão da viúva de um importante político sergipano (saldo de seu partido: 02 federais eleitos e 04 estaduais)

Coordenador da campanha Majoritária do candidato governista, tem em Lagarto a alcunha de "aliado de primeira hora" do agrupamento liderado pelo ex-prefeito Valmir Monteiro. 

Precisamos reconhecer que, após abdicar de sua certa candidatura ao Senado Federal, o ex-prefeito de Pirambu soube exercitar sua influência e ditou as regras dessa eleição.

Fato!

Com uma inteligência e sangue frio dignos de nota, norteou os rumos desse pleito... elegeu quem escolheu e mais ainda, sepultou na cova rasa da política aqueles que lá adiante poderiam ser seus opositores.

Falo com a imparcialidade que me é peculiar, preciso render não apenas homenagem, sobretudo parabenizar a sapiência e o olhar visionário desse político sergipano que em nível de Brasil é respeitado pelo seu dom de articular incertezas e conjecturas e transforma-las em realidade.

Sendo muito sincera e me utilizando de toda a licença poética permitida, tenho certeza absoluta que independente de quem venha a ganhar o pleito do dia 30.10, teremos sim um ente político de peso, à margem dos holofotes, mas com poder para fazer acontecer ou estagnar a governabilidade do Estado.

Decerto, daqui a quatro anos, Sergipe poderá ter no Senado Federal alguém que de verdade, pode impor respeito e mudar num futuro não tão distante, a maneira como o Brasil enxerga o menor Estado da Federação.

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