Carnes X Esgoto Você compraria alimentos nesse local?

 Eu já tinha ouvido falar... já possuía conhecimento à cerca das queixas de moradores e comerciantes, contudo, foi algo terrível constatar a falta de zelo e o desprezo pela saúde pública no comércio de carnes e miúdos na feira do Povoado Jenipapo. 

Dividindo o espaço com inúmeros "caninos" o que presenciei foi as bancas onde se comercializa alimentos perecíveis montadas "em cima" de esgotos a céu aberto, sem qualquer tipo de higiene, sem qualquer tipo de controle sanitário e óbvio, pondo em risco a saúde da população. 

Com mato e lixo por todo o lado, a feira do Povoado Jenipapo (na Brasília às condições de higiene são mais aceitáveis, toleráveis) repleta de usuários de diversas localidades do entorno, é um tipo de cartão postal que acredito, nenhum município gostaria de ostentar.

Mais que uma fiscalização séria dos órgão sanitários de nossa cidade, faz-se necessário saber se de fato na localidade existe algum representante eleito que possa valer o direito da população. 

Apesar de com um grande fluxo de pessoas, aquela balbúrdia fétida e desorganizada reflete apenas o resultado ocasionado por uma "casa sem dono"; com duas vereanças eleitas na localidade, me pergunto o porquê de o Ministério Público, AGRESPUL, Vigilância Sanitária, OAB ainda não terem sido acionadas para ao menos garantir o direito do consumidor em poder adquirir seus produtos alimentícios (inclusive os hortifruti) em locais com um mínimo de limpeza e higiene.

Confesso que fiquei estarrecida, não apenas como Jornalista, mas, principalmente como consumidora; sabedora de que a Carne do Jenipapo é mais em conta do que a comercializada em Lagarto (sede do município) me empolguei pra comprar uma costela de porco e rabada de boi; desisti assim que me deparei com aquela cena dantesca.

Imagino quantas pessoas que não residem na localidade mas em visita a feira, fazem o mesmo...

O problema daquele comércio local é um caso de saúde pública, algo precisa ser feito.

Limpeza, capinagem, manutenção do espaço (mesmo ao ar livre) colocação de lixeiras individuais para cada barraca, são ações paliativas mínimas para mudar o quadro. O esgoto que corre à céu aberto e com imenso mal cheiro, precisa ser tomado como prioridade pelo poder público. 

Confesso mais uma vez; gostaria de lá retornar, mas diante do que presenciei, tão cedo isso não ocorrerá.

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