Dois pesos e duas medidas... para a DTTU sm... pra Guarda nada!

 Apesar dos eventos paralelos ocorridos na última sessão ordinária da nossa Câmara Municipal, não podemos deixar de pontuar algo que passou despercebido diante das barbaridades ocorridas na casa do povo na última quinta-feira. Posto em votação em regime de urgência o Projeto de Lei complementar 05/2023 de 22 de março do corrente ano, enviado pelo poder executivo, alterava  de forma direta a lei complementar 65 de 31 de março de 2016 que dispõe sobre o plano de carreira dos Agentes de Trânsito de nosso município, que na prática reajusta o salário desses servidores que hoje compõe a SEMOP.

Uma atitude plausível diante de uma justa reivindicação.

Coincidências à parte, esse projeto enviado em "Regime de Urgência" veio após essa mesma categoria ter apreendido diversos ônibus escolares ação amplamente divulgada pela maioria dos veículos de comunicação local.

Não obstante na própria SEMOP uma outra categoria de, acreditamos menor escalão, vem amargando as agruras de não ter nenhum reajuste em seus vencimentos e sequer aumento em seu efetivo; motivo de inúmeras indicações do Vereador Matheus Correia.

A abnegada Guarda Municipal Lagartense padece sim de uma invisibilidade pelo poder público, acreditamos até pelo fato de em se tratando das competências inerentes ao cargo, não pode "apreender" pessoas ou se utilizar do ofício para ter como "chamar a atenção" do executivo em ouvir e atender suas reivindicações. 

Sim, triste realidade dessa ínfima guarnição, se formos comparar com cidades menores à exemplo de Estância cujo efetivo é infinitamente maior.

Lagarto como cidade de referência para a região centro sul, já demonstrou a incapacidade de enxergar no seu organograma, um olhar linear para todos os servidores municipais. 

Nossa cidade precisa com urgência não apenas de uniformizar os reajustes dos servidores através de um plano de cargos e salários, mas principalmente de tratar as categorias que fazem o município acontecer, sem dois pesos e duas medidas.

Apesar das falas de apoio dos dois Vereadores do Cidadania demonstrar plena consciência do problema ocasionado com a aprovação desse projeto excludente, haja vista ter na secretaria em epígrafe duas categorias que trabalham em perfeita harmonia, complementando suas funções num único núcleo de segurança pública; não podemos deixar de pontuar o desrespeito praticado em detrimento aos Guardas Municipais que pelo bom senso, pela justa razão, deveriam sim ser inclusos nesse Projeto de Lei complementar.

Mas, como na nossa cidade ao que parece, as coisas só funcionam na base da pressão, podemos nos preparar para o aumento dos delitos, para o crescimento da violência urbana, talvez assim o trabalho da GML seja valorizado e em pouco tempo, outro Projeto apareça em regime se urgência na Câmara para retificar o erro cometido no envio da última quinta-feira para o nosso Parlamento.

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