Fazendo Cortesia com o Chapéu Alheio
Chega a ser engraçado e acredito que há quem assim o veja, mas se formos partir para uma reflexão profunda, mais que vergonhoso, é a prova cabal da incapacidade de algumas de nossas lideranças.
Como em Lagarto tudo é "misè en scene" ou traduzindo do francês "encenação", não é de se impressionar que ainda tem pessoas que achem, que acreditem das "boas intenções" de algumas personalidades políticas papajaquense que expõe nas redes e até no plenário da Casa Legislativa a condição (ou a falta dela) econômica de alguns munícipes.
Mas, como já diz o dito popular... "de boas intenções o inferno está cheio"; vamos analisar mais à fundo: será que vale a pena realmente publicizar nas redes, programas, posts, tudo aquilo que fazemos com a alcunha de "caridade"?
O mestre há mais de 2.000 anos já dizia, "faça com a mão direita para que a esquerda não veja" ou seja, qual o valor de se fazer essa "pseudo-caridade" com o bolso alheio e ainda por cima publicizar?
Em nosso município (como em qualquer cidade) existem mecanismos legais e oficias para se ajudar aqueles que mais necessitam sem tanto alvoroço, alarde ou AUTOPROMOÇÃO; num período pré-eleitoral ver atitudes como essas se multiplicando em nossa cidade só me dá a certeza que a política do "assistencialismo mediocre" em busca de holofotes virou algo endêmico, difícil inclusive de se controlar.
Não bastasse alguns dublês de candidatos que fazem questão de postar fotos entregando cestas de alimentos a pessoas de baixa renda, expondo não apenas a imagem do municipe mas sobretudo a sua condição socioeconômica, agora há quem tenha feito um upgrade nessa escala da vergonha alheia...
Sai de cena as cestas de alimentos e entra a construção de casas.
Se esse tipo de ação fosse realizado sigilosamente, no anonimato, sem a necessidade de uma "acentuada exposição" nas redes sociais, acredito que o resultado seria mais proveitoso e decente, contudo é perceptível o objetivo eleitoreiro por trás de tanta boa intensão.
Óbvio que ANONIMATO é a última coisa que essas lideranças políticas querem; afinal lucram (politicamente) não apenas com a exposição da necessidade alheia, como atrelam seus nomes à esperança de outros em também adquirir o fruto daquela ação.
Deprimente, Constrangedor mas absurdamente tolerável pela maioria das pessoas...
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