Um desserviço às Religiões de Matriz Africana.
Neste sábado tive que assistir uma grotesca manifestação (não chamarei de entrevista) de um cidadão que independente do assunto que foi tratar no programa, fez falas desconexas e contrarias ao que prega as religiões de matriz africana, de uma forma tão pejorativa, que só corrobora para o preconceito em relação a fé que professamos.
Apenas a título de esclarecimento pata os leigos e para aqueles que de fato não são iniciados no Candomblé, Umbanda ou Quibamda; Os ORIXAS são representação de forças elementares da natureza; EXU é o mensageiro, ligação entre as divindades e o homem. A forma DEMONIACA E PRECONCEITUOSA como foi descrito no referido programa advém do cristianismo, pois vale lembrar que é a religião que denominou o mal pela alcunha de Diabo.
Exu como mestre dos caminhos é neutro e serve aos orixas.
O circo de horrores que assisti hoje ainda foi complementado por "comentários" preconceituosos dos apresentadores; e neste ponto esclareço que os adeptos das religiões de matriz africanas são CANDOMBLECISTAS, UMBANDISTAS OU QUIMBANDISTAS; o termo "macumbeiro" fere a dignidade da nossa religião.
Torno a dizer, pouco me interessa como Jornalista o conteúdo concreto do que seria a entrevista (já que de fato nada foi dito quanto ao tema anunciado) mas como possuindo cargo dentro da religião que professo desde pequeno, fico indignada quando vejo a fé de minha ancestralidade sendo desrespeitada e levando ao público uma visão errônea e equivocada do que realmente é.
Acredito (pois o cidadão fez questão de citar e o programa está disponível no YouTube) que toda essa deturpação vem das inúmeras igrejas evangélicas que o mesmo diz ter frequentado.
Se a intenção em desqualificar e macular as religiões de matriz africana tinham o propósito de fomentar medo em seus desafetos, preciso lembrar que temos uma constituição.
Com a palavra a Federação Setgipana de religiões Afrobrasileira e a Federação Nacional de Religiões de Matriz Africana.
Em tempo: também sou apresentadora de programa jornalístico nesta cidade e em momento algum incito o desrespeito e o preconceito contra qualquer Credo. Fica a dica.
SE EU RESPEITO SEU AMÉM, RESPEITE O MEU AXÉ!
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