Legislativo Municipal... Para que serve mesmo?


 Encontrando-se no 5° mês do terceiro ano dessa legislatura, que faço questão de acompanhar religiosamente toda terça e quinta (e mesmo no período de pandemia o fazia via YouTube) preciso, até para ser honesta com minha profissão, perguntar sim, qual a serventia da excelsa Casa Legislativa?

Composta por 17 funcionários públicos que são regiamente pagos para em tese representar os mais de 100.000 habitantes de nossa cidade, faz-se mister questionar o porquê da inoperância da nossa "casa de leis" no tocante à sua função primeva.

Não irei aqui em nenhum momento questionar a qualificação daqueles que hoje ocupam um assento naquela casa, haja vista que o comportamento cotidianamente observado pelos que assistem on line ou daqueles que acompanham presencialmente, já denota a falta de capacidade de uma boa parte daqueles edis de exercer de fato a vereança. 

Hoje mesmo na tribuna o Vereador Josivaldo Alves fez questão de citar um determinado colega que desconhecia que uma das prerrogativas do mandato era a de "agente fiscalizador", confesso, já presenciei coisa pior!

Mais que isso, me incomoda  presenciar a falta de assiduidade, a falta de compromisso, de comprometimento e inclusive o completo desconhecimento das regras que gerenciam esse segundo poder municipal (seu Regimento Interno) pela maioria absoluta dos ocupantes desses cargos públicos e peremptoriamente TEMPORÁRIOS.

Analisando friamente os projetos aprovados e sancionados, nenhuma política pública de fato foi proposta e posta em prática naquela casa.

A Procuradoria da Mulher até a data de hoje sequer tem previsão de instalação, mesmo aprovada no início da legislatura; uma Comissão de Ética que em qualquer cidade civilizada a exemplo dos legislativos Estaduais e Federal existem para fiscalizar e punir se necessário os seus membros, está longe de ser EFETIVAMENTE implantada em nossa cidade.

A falta de Decoro em inúmeras ocasiões já foram passíveis de abertura de processo administrativo; a falta de assiduidade de alguns edis num município sério já era mais que suficiente para abertura de processo de perda de mandato.

A completa falta de interesse dos membros desse mesmo legislativo em buscar fiscalizar a própria casa não apenas denota o forte corporativismo que impera na CML, como demonstra que de fato, o eleitorado lagartense não pode e não deve cobrar absolutamente nada de seus representantes eleitos. 

Quem vende seu voto têm que aceitar calado todo tipo de absurdo advindo de suas escolhas. 

Contudo, enquanto cidadã e profissional de imprensa que reitero, assiduamente acompanho as sessões da Câmara, não posso esconder minha decepção. 

Nos últimos meses nunca mais presenciei uma sessão que iniciasse e fosse concluída com os 17 edis; pelo contrário, na última terça-feira quase que o presidente não a iniciaria por falta de quórum; também nos últimos meses a quantidade de "presidentes em exercício" após determinado momento da sessão é tão grande, que chego a acreditar que trata-se de um rodízio afim de modificar a estética da "mesa diretora".

Ledo engano... cabe lembrar que essa composição é peremptoriamente provisória e de agora por diante, faz-se sim necessário cobrar desses ilustres funcionários públicos, tudo aquilo verbalizado como promessa na última campanha. 

Alea Jacta Est.

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