Quem matou a tradição???

 Acompanho o casamento caipira do Povoado Brejo por vinte longos anos... Dos 32 anos de existência, acreditem... Só perdi 12!

Hoje acompanhei no trio principal todo o cortejo, desde a sua saída....

Preciso parabenizar Eliano do Brejo pela letra da música oficial, que além de contar a história da festa, nos deu um refrão gostoso de cantar; mesmo que esse mesmo Eliano, em pleno trio oficial, tenha barbaramente cometido com essa Jornalista uma ação TRANSFOBICA, ao não respeitar a lei brasileira e me chamar por um gênero diferente da minha certidão de nascimento e distonante ao que publiciza o meu Cadastro de Pessoa Física (CPF); pior que isso foi ouvir da pessoa que o acompanhava ... "você não vai pedir desculpas" ... foi pífio, deprimente, principalmente vindo de uma mulher como eu... haja vista que pela lei brasileira o sou de fato e de direito.

Mas voltemos à festa...

Sou colaboradora e parceira do MOVIMENTO ASSOCIATIVISTA DO BREJO, por isso mesmo acompanhei toda a festa (Casamento caipira) do trio oficial, que foi pago com a ajuda de inúmeros comerciantes e personalidades locais, que não tiveram seus nomes anunciados por causa da gana de Roberto e Eliano de apenas proferirem o apoio da administração municipal que acredito, eles possuam o dever de...

A saída foi pontual e contou com os verdadeiros donos da festa, seus idealizadores ( e fundadores), até então acompanhei em cima do trio até o entroncamento que levaria à pista principal... desci  do trio e corri (literalmente) até o espaço onde estava havendo o "esquenta" oficial da festa.

Filmei, fotografei...tudo no Instagram do "Lagartoemfoco", mas foi aí que a porca torceu o rabo...

Quem me acompanhou ao vivo no Instagram (está no rells) percebeu quando saí  do esquenta e fui buscar o trio, haja vista que o cortejo principal já havia passado e nada do trio oficial chegar. Mas  sabe porquê? Segundo os organizadores do evento, um carro de uma segurança particular não  deixava o trio avançar (segundo a própria organização) por ordem expressa do Secretário Municipal de Cultura, a ponto de eu ter de presenciar todo o cortejo principal e os cavaleiros em sua imensa maioria, ultrapassarem o trio e seguirem a ordem enfaticamente programada para dar continuidade e significado ao dito "casamento caipira".

Eu estava em cima do trio... eu vi tudo... e ouvi a ordem dada no celular do organizador do evento.

Foi triste... assassinaram tradição à custa de uma vaidade que não se justifica... O trio oficial foi custeado por comerciantes e pessoas físicas que não puderam ter seus nomes AMPLAMENTE  divulgados pelo fato de dois (02) dos organizadores só proferirem agradecimentos aos órgãos oficiais...

Foi difícil acompanhar em tempo real todo o percurso, nesse aspecto agradeço de coração ao jovem Leadro, integrante do staff do grupo radiofon, que me prestou excelente colaboração no meu trabalho jornalístico. 

De mais à mas... ano que vem não me darei ao desfrute de acompanhar uma festa capenga... os organizadores (leia-se M. A. B.) precisam se dar ao respeito... e com isso, respeitar quem ano a ano, acompanha essa tradição!

Pós Scriptum:

Que ano que vem a festa realmente seja CAIPIRA...  pois o que mais se vê é PAREDOES e motociatas ao invés de cavalgada... Carroceata há muito deixou de existir. 

Oferecimento: