Desabafo do Cabrunco... desmascarou a maquiagem da Câmara.
Na sessão ordinária de ontem, que foi realizada no espaço do Parque das Palmeiras de forma itinerante, mesmo com a filmagem via YouTube ter sido "engessada" mostrando apenas a mesa principal e a tribuna improvisada; não posso negar que pra não morrer de tédio, o ponto alto do evento (pois de fato foi um EVENTO) foi protagonizado pela Vereadora Martha Maria que sem papas na língua e sem preocupação de realizar misè en scene para as suas redes sociais, abriu o verbo e descortinou uma realidade deprimente e flagrante que é a MISOGINIA velada na casa legislativa.
Vamos aos fatos ponto a ponto (depois do artigo fiz questão de colocar os trechos do pronunciamento digno de aplausos da excelentíssima edil).
O menosprezo pela figura da Vereadora Martha, que quem acompanha as sessões desde o início da legislatura pode perceber a olhos vistos, foi confirmado no início da fala da Vereadora, quando deixou claro que apesar de ser a idealizadora (quem tem a ideia) do projeto que permite sessões itinerantes (com o objetivo primeiro de levar a Câmara para a população de povoados que não tem acesso às sessões presenciais) e desde então (o projeto é de 2015) apenas uma fora realizada em seu mandato enquanto presidente, na Colônia 13; agora a dita sessão foi levada ao suntuoso parque das palmeiras, sem que ela como idealizadora do projeto e autora do título de cidadania concedido numa sessão solene aberta logo após a ordinária, fosse ao menos comunicada qual o local exato e como chegar lá; isso fica evidenciado em sua fala, queixando-se do estresse que foi para conseguir achar o local.
"A gente ficou aqui rodando sem saber como chegar... me estressei mesmo... fixou assim a altura a DESORGANIZAÇÃO diante da Câmara de Vereadores... a gente fica triste porque não estão todos aqui completos... queríamos mais autoridades"
Ora, preciso lembrar que ano passado esse mesmo título de cidadania foi tentado ser dado, numa sessão na Câmara onde a autora da propositura foi relegada à segundo plano, gerando insatisfação da Vereadora que desceu o sarrafo no plenário da Casa e eu presenciei.
"Não adianta a gente tentar tapar o sol com a peneira que não tapa... eu acho que a gente tem de mostrar aquilo que é sem maquiagem" nessa sua fala a Vereadora Mulher, visivelmente menosprezada por seus pares, que conseguiu se tornar Procuradora da Mulher sem sequer ter (até a presente data) uma Procuradoria para atender os reclames de suas iguais, e não é por falta de pedido; só reitera o que o Professor Doutor Claudefranklin Monteiro narrou em seu discurso na tribuna na última sessão solene: "Lagarto é uma cidade MISÓGINA ".
Não queria estar na pele de Martha da Dengue, que poderia ser chamada de "paciência" com tanto destrato acometido por seus pares à cada fala sua... até mesmo à sua presença INCOMODA no Parlamento (por diversas vezes Martha verbalizou não apenas no plenário mas para essa Jornalista que não era convidada pra nada por seu agrupamento que priorizava os 4 homens com mandato).
Em seu discurso ela faz questão de lembrar esse desconforto de como é tratada pelo seu agrupamento político.
Como Mulher, como Profissional de Jornalismo, como Militante em Direitos Humanos toda a minha solidariedade à única mulher com mandato eletivo no Parlamento.
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