Um retrocesso que pode retirar do PSOL/SE uma vaga num possível segundo turno.


 Inconteste afirmar que, pós eleição municipal de 2020, onde a DEMONIZAÇÃO dos partidos de esquerda era mais que evidente e poucos resultados foram obtidos em nível de Brasil, Sergipe calou os extremistas de direita ao eleger na Capital sergipana a primeira trans para o legislativo municipal, ganhando inclusive da representante do movimento bolsonarista; isso é um fato!

Nunca em nosso Estado o Psol teve tanta VISIBILIDADE! O efeito Linda Brasil despertou o interesse da mal tratada militância petista ( sou um exemplo claro disso) que migrou gradativamente para a sigla que em tese representava a esquerda de raiz.

Em 2022, o Psol sergipano elege a mesma personagem como a primeira trans a ocupar um assento na Assembleia Legislativa com uma votação nunca alcançada pela legenda no Estado, transformando em coadjuvante o ex-deputado do PT que migrou pro Psol levando toda sua turba visualizando a possibilidade de uma eleição fácil numa legenda sem expressão (à época); ledo engano, não contavam com o efeito Linda Brasil diante de um eleitorado carente de VERDADEIRA REPRESENTAÇÃO na ALESE a catapulta como maior liderança LGBTQIAPN do Estado tendo votação em todos os municípios sergipanos. 

Um tiro nas pretensões de machistas autoritários que munidos de cargos de dirigentes partidários, enxergam mulheres e LGBTQIAPN apenas como mal necessários para fazer o "politicamente correto" sem conseguir enxergar de fato que o populacho, o povão, as periferias e até mesmo os intelectuais que acreditam na renovação da política, preferem nomes saído das bases e não aqueles com qualificação acadêmica e respaldo de apenas e tão somente das tendências partidárias oriundas de eleições internas questionáveis em suas construções ( A Plenária do Psol em Lagarto é um exemplo disso, tendo um vídeo ao vivo publicado no Instagram do @lagartoemfoco).

Ora, há dois dias aconteceu em Aracaju uma reunião ampliada do Diretório Estadual para a escolha do nome do partido para disputar o pleito vindouro e pasmem, o grupo do ex-deputado do PT que hoje é Majoritário na ESTADUAL DO PSOL, longe de ouvir a militância ou ao menos respeitar as pesquisas de opinião que  são amplamente divulgadas na Capital, resolveram de forma inédita, escolher apenas entre essa pequena e insignificante elite petista migrada pro Psol, um nome que contempla seus acordos de "porões e bastidores" que coadunam com a absurda pretensão de em 2026, tirar do ostracismo e elevar a cargo eletivo o ex-deputado do PT hoje suplente de uma TRANS, sepultando de fato qualquer possibilidade do PSOL ter chances reais de disputar um segundo turno na Capital Sergipana.

Eu também já fui do PT e hoje sou filiada ao PSOL (até dia 06.04) sou Jornalista e Trans, sofri e sofro esse preconceito velado dentro dos partidos de esquerda que nos enxergam apenas como buxa de canhão, escada, para que elejam os machistas e lgbtfobicos que abarrotam os diretórios e consequentemente os "cargos oferecidos pelos legisladores eleitos", falo com conhecimento de causa e mais por isso posso manifestar meu mais sincero REPÚDIO à forma como foi feita a última reunião do Diretório Estadual do Psol que passou por Cima das pesquisas de opinião, do apelo popular, da militância do partido apenas para confirmar uma pretensão egoísta e hipócrita de um "pseudo-lider" sem substância que aprenderá em outubro próximo o erro de menosprezar o populacho em razão dessa pequena elite "pseudo-academica" cuja maior qualidade ( que garante cargos ) é a da bajulação e da prepotência.

A população LGBTQIAPN de Sergipe, a militância raiz de esquerda e a população que se identifica com a representação que temos hoje na Alese dará a resposta que o Psol travestido de PT descontente, merece.

Toda a minha solidariedade à Linda Brasil .








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