Finalmente poderemos responder à essa pergunta!
Analisando ontem à noite os dados publicizados do Observatório Nacional de Violência contra a Mulher, amplamente divulgado em horário nobre no Telejornal de maior audiência no País, me fez refletir se realmente hoje será um dia de comemoração.
Segundo esse estudo, à cada seis horas uma mulher é vítima de feminicidio; de cada 10 vítimas, sete são mulheres pretas... os casos de violência doméstica só aumentam ano a ano... O que podemos fazer então?
Eu posso responder isso com propriedade; podemos nos unir, nos reunir e dividir nossas experiências.
Essa é a proposta do evento que ocorrerá amanhã a partir das 17hs no Espaço ENTRE (Antiga Planet Café) que acolherá mulheres de todas as camadas da sociedade em rodas de conversa, que servirão de base pra reivindicar POLÍTICAS PÚBLICAS concretas que venham a nos representar.
Serão 5 eixos de conversa :
Educação - onde tudo começa
Violência - onde desanda/protecao
Saúde - o cuidado
Empreendedorismo- lugares que podemos chegar
Política - espaço aberto e emaranhado
É um evento importante porque pela primeira vez as mulheres estão tendo espaço de fala, para mostrar quem são, o que fazem e o que é importante para cada uma, a bandeira de cada mulher . Diante deste convite riquíssimo como participante quero levar a luz as mulheres a luta que temos e que juntas podemos transformar a forma de fazer e pautar a mulher diante da experiência de cada uma que ali vai estar. Desejosa que a pauta abra espaço para outros momentos para construção de políticas públicas mais eficientes para as mulheres….
À princípio pode até parecer simplista, mas de verdade
Cada eixo tem explícito sua deficiência e consequentemente nos impulsiona a apontar soluções, partindo diretamente de nossas vivências.
Num momento onde mais uma vez a Coordenadoria Municipal dos Direitos da Mulher e a Procuradoria Municipal da Mulher (da Câmara Municipal) não formataram absolutamente nada nesse dia Internacional da Mulher, onde se pudesse discutir o que nos interessa enquanto população em risco de vulnerabilidade, preciso enquanto Mulher e Profissional de Imprensa, parabenizar a iniciativa de Karine Reis em organizar esse evento, que pode ser o pontapé inicial para outros dessa monta, onde possamos mostrar à sociedade lagartense como um todo, quem somos, como vivemos, onde podemos chegar... Tudo isso com a perspectiva de garantir nosso protagonismo como cidadãs.
Mas a pergunta que precisamos nos fazer desde o momento em que acordamos é: Mulher, quem é você?
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