No revés da tendência política Estadual, Lagarto inova na agricultura...


 Faltando apenas 08 dias para o início das convenções partidárias municipais e exatos 86 dias para o pleito de 2024, nos deparamos com uma realidade (endêmica na nossa história política) que contrasta com as tendências em inúmeros municípios sergipanos; claro que temos que levar em conta que no dia 06 de outubro haverão duas eleições distintas mas infelizmente a carência de maturidade política da população enxerga apenas e tão somente a disputa pelo paço municipal (leia-se Prefeitura) esquecendo ou apenas ignorando a importância da eleição proporcional (que comporá o legislativo municipal).
Qualquer analista político com um mínimo de credibilidade dirá que esse pleito é o espaço conquistado das mulheres, haja vista que até mesmo na capital sergipana 03 mulheres sobressaem-se diante dos outros postulantes  do sexo oposto. Isso é fato!
Contudo nos legislativos municipais ( nessa pré-campanha e posteriormente na campanha em si) a participação ou presença feminina continua sendo de apenas e tão somente COADJUVANTE, relegando aos "varões" de cada agremiação partidária ou agrupamento, maior atenção no tocante à estrutura já direcionada pelos líderes nesse período ainda não oficial. 
Vamos aos fatos e através deles conjecturar esse absurdo tolerável: Caso se confirme nas convenções que  na média 12 agremiações disputarão a eleição proporcional (o número de agremiações à Majoritária é ínfimo) por força DE LEI, deverão ter aproximadamente  72 mulheres disputando as vagas no Parlamento; em contrapartida 144 homens deverão estar aptos para a mesma disputa... contudo se formos analisar as confusas e esparsas pesquisas eleitorais que são divulgadas para a proporcional, percebemos a gritante HEGEMONIA dos candidatos homens que até pra ser justa, teem a prioridade na preferência dos seus respectivos agrupamentos. 
Mulher nessa eleição é necessária por força de lei... inclusive depois das atuais resoluções expedidas pelo TSE há partidos que cogitam a possibilidade de doar material de campanha para seus agremiados apenas para não ter de instrumentalizar as candidaturas femininas já que é obrigatório a destinação de 30% do FEFC para as candidaturas na quota minoritária. 
Inclusive, pasmem, tem agremiação política em Lagarto cujo pretensos candidatos já verbalizaram publicamente que não darão legenda a determinada candidatura feminina (nesse caso específico estou inclusa).
Ou seja, independente de quem venha a ocupar a PML à partir de Janeiro de 2025, a ordem é garantir no legislativo o "esquema político misógino e machista" que impera em nossa cidade desde que a Câmara Municipal existe.
Contudo esquecemos que a atual MINISTRA que preside o TSE além de mulher é defensora imponderável da paridade de gênero na nossa política nos três níveis. 
Como falei no início do artigo,  Lagarto nessa eleição proporcional da uma aula de agricultura, valorizando uma cultura (laranjal) que em 2018 fez nosso município figurar nas manchetes em nível nacional. 
Mulher na política não pode ser apenas para cumprir regra, meta, quota... se não houver uma verdadeira ( e factível) instrumentalização dessas candidaturas, poderá sim figurar como fraude de gênero. 
Fiquemos atentas...

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